Parar para pensar

Outubro foi o mês dedicado à saúde mental e, certamente, reparaste que este é um tema que tem sido muito falado nos últimos tempos. Falar de saúde mental parece estar na moda, mas será que isso significa de facto que nos estamos a cuidar mais ou a fazer algo para isso?

E tu, cuidas da tua saúde mental? O que significa ser mentalmente saudável?

Consegues perceber quando não estás bem e que a tristeza é uma dor de crescimento da alma, tão natural e necessária como a alegria? Que a raiva, o ódio, o medo são emoções ou sentimentos, próprios da raça humana que são precisos trabalhar e integrar? Consegues demarcar-te e não fazer coisas só porque os outros também fazem?  Tens consciência de que muitas vezes despejas no outro os teus próprios medos, frustrações e fragilidades? Aceitas as tuas próprias falhas e insucessos e a certeza de que não podes controlar tudo sem que isso afete gravemente o teu amor próprio? Distingues o que é privado e o que podes partilhar da tua vida? Consegues perceber que nem sempre podes ser a prioridade na vida do outro e que mesmo assim está tudo bem?  Que nem sempre estás bem e que isso também é normal?  És capaz de olhar para dentro de ti para perceberes o que lá se passa e se precisares de ajuda pedes? Consegues falar sobre o que sentes? Percebes que quando a tua boca não fala o teu corpo adoece? Que ser resiliente não significa aguentar tudo? Que o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal são a base da saúde mental? Que para pensar é preciso parar?

Uma coisa é certa, não há saúde sem saúde mental!

Celeste Peixoto